CDS/Madeira diz que plano é "insuportável"

O líder do CDS-PP/Madeira considerou hoje que o plano de ajustamento da Madeira é "negativo e insuportável" e constitui um "atestado de incompetência" à governação de Jardim, mas lamentou que não tivesse havido maior solidariedade da República.
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"O plano de ajustamento é claramente negativo e insuportável para a Madeira e os madeirenses", afirmou José Manuel Rodrigues, líder do CDS-PP/Madeira e deputado na Assembleia da República.

Considerando que o plano negociado pelo Governo Regional está sobretudo assente no "aumento brutal dos impostos", José Manuel Rodrigues sustentou que teria sido possível um outro programa que cortasse nas "despesas inúteis, nos desperdícios e esbanjamentos sem qualquer justificação e em obras sem qualquer utilidade".

Contudo, acrescentou, como não foi esse o caminho prosseguido e apesar de estar garantida alguma liquidez nos cofres públicos, haverá "muita escassez de fundos nas empresas e nas famílias".

"O Governo Regional diz que este foi o acordo possível, o CDS garante que é um acordo impossível de cumprir para os madeirenses", frisou.

O líder do CDS-PP, que já no final da conferência de imprensa que deu no Funchal lamentou que não tivesse sido possível "uma maior compreensão e solidariedade da República para com os problemas dos madeirenses", deixou ainda duras críticas à "péssima" governação de Alberto João Jardim.

"O plano agora assinado é um grande atestado de incompetência à governação da Madeira e uma severa condenação de como se geriram dinheiros públicos da região nos últimos anos", acusou, insistindo que se tratou de um programa "sob pressão e em estado de necessidade".

José Manuel Rodrigues fez ainda alusão às promessas eleitorais de Alberto João Jardim, lamentando que seja "tudo ao contrário" do que o presidente do Governo Regional disse há três meses.

A Região Autónoma da Madeira irá receber 1.500 milhões de euros de financiamento através do seu plano de ajustamento da parte do Estado, tendo 15 anos para pagar o empréstimo e uma taxa de juro igual à da 'troika'.

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